Artigo apresentado no 32 Congresso da ABES – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental
RESUMO
A água é requisito à vida e elemento fundamental às atividades econômicas. Sua importância e multiplicidade de aplicações como recurso enfrentam conflitos de usos concorrentes ao tempo em que sua disponibilidade é determinada por fatores naturais sujeitos à imprevisibilidade. Para orientar a gestão dos recursos hídricos e os desequilíbrios na relação demanda-oferta em amplo escopo, os princípios de Governança Hídrica se apresentam como diretrizes que buscam aliar eficiência e sustentabilidade ambiental harmonizando as relações entre seres humanos e meio ambiente. Entretanto, embora reconheça a complexidade do tema, as orientações de Governança enfatizam questões infraestruturais e de investimento, preterindo discussões sobre a resiliência e interdependência dos ecossistemas. Assim, o presente trabalho discute a Governança hídrica à luz do modelo conceitual da Panarquia e Ciclos Adaptativos que privilegia os análise da interação entre distintos níveis de ecossistemas, em um contexto dinâmico de reorganização e reordenamento de estruturas. A crescente relevância da temática ambiental nos debates sobre limites e necessidades humanos tem sido objeto de análise de abordagens teóricas e proposição de modelos, havendo a necessidade de identificar os pontos de convergência, as estruturas de ligações e as formas de interação que permitam a operacionalização sustentável dos instrumentos de gestão ambiental.
Dra. Telma Teixeira, Dra. Márcia M. R. Ribeiro
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